As 9 questões a que a ciência não consegue responder


Por David Langness.

No site BahaiTeachings.org já publicámos vários artigos dedicados ao princípio básico da Fé Bahá’í sobre a harmonia entre ciência e religião. Mas será que a ciência tem todas as respostas? Nem por isso.

Todo cientista responsável admite pronta e humildemente que a própria ciência não tem respostas para muitas das nossas questões mais importantes. Mas estes tempos altamente científicos, porém, levam-nos a pensar o contrário – que a ciência pode – ou um dia poderá – dar todas as respostas às grandes questões da vida.

É verdade que a ciência e a tecnologia parecem resolver muitos dos nossos problemas, ou pelo menos oferecem potenciais soluções futuras. Talvez por isso algumas pessoas transformaram a ciência na sua quase-religião, vendo-a como um sistema de crenças mais amplo, em vez de uma metodologia destinada a encontrar formas de compreender o mundo natural. Mas a ciência cria um sistema de crenças fraco, porque o cepticismo impulsiona a ciência. A ciência pede-nos que se evite qualquer juízo final ou crença forte, porque as suas conclusões estão sempre sujeitas a revisão por novas descobertas.

Assim, ao pensar nas grandes questões que a ciência não consegue responder, compilei uma lista extraída não só da minha própria curiosidade e investigação, mas também dos escritos de vários cientistas, filósofos e pensadores proeminentes. Nesta série de artigos, vamos explorar estas questões e ver se conseguimos encontrar respostas nos ensinamentos Bahá’ís que, até agora, têm escapado à ciência.

Desde o início, percebi que estas questões se enquadram em duas categorias distintas: as questões que a ciência não consegue responder, e aquelas que a ciência simplesmente ainda não respondeu. A ciência é uma ferramenta poderosa e, desde 1833 – quando a palavra “cientista” foi usada pela primeira vez – muitas pessoas duvidaram da sua capacidade de descobrir os segredos e verdades mais profundas do universo material. A maioria dessas pessoas estava errada.

No passado, a ciência aceitou de forma geral a teoria da eugenia – a ideia agora completamente desacreditada de “racismo científico”, uma teoria segundo a qual a humanidade consiste em raças superiores ou inferiores, fisicamente distintas. Esta teoria tornou-se popular não apenas entre os cientistas, mas também entre os líderes governamentais e filósofos, e levou à chamada “solução final” do nazismo e a outras atrocidades genocidas. Os campos da genética evolutiva humana e da antropologia contemporânea não só provaram que a eugenia é completamente falsa, como também forneceram um enorme conjunto de provas científicas da unidade genética de todos os grupos raciais.

Na astronomia, é claro que passámos da crença de que a Terra era o centro do universo conhecido para o modelo heliocêntrico, e depois para a crescente percepção de que o nosso pequeno planeta azul não tem absolutamente nenhum direito de singularidade ou unicidade. Num outro caso conhecido, Albert Einstein, que originalmente acreditava num universo estático e escreveu artigos científicos tentando provar a sua afirmação, teve de ser convencido de que o universo se encontra em expansão pelo cientista Edwin Hubble. Einstein descreveu a sua conclusão inicial como “o maior erro” de toda a sua carreira científica.

Apesar do seu historial de conclusões incorretas, a ciência domina o pensamento moderno – e assim deve ser. Construímos uma civilização e um corpo de conhecimentos sem precedentes, e devemos muito disso aos avanços que se tornaram possíveis com a ciência. Na verdade, o princípio Bahá’í de concordância entre ciência e religião privilegia a ciência em detrimento da fé cega, do dogma e da tradição religiosa. As Escrituras Bahá’ís dizem: “Não há contradição entre a verdadeira religião e a ciência. Quando uma religião se opõe à ciência, torna-se mera superstição: o que é contrário ao conhecimento é a ignorância. Como pode um homem acreditar ser um facto aquilo que a ciência provou ser impossível? Se ele acredita apesar da sua razão, é mais uma superstição ignorante do que fé. Os verdadeiros princípios de todas as religiões estão em conformidade com os ensinamentos da ciência.”

As Escrituras Bahá’ís também dizem que “… a religião e a ciência estão em completa concordância. Toda religião que não está de acordo com a ciência estabelecida é superstição. A religião deve ser racional. Se não se enquadra na razão, então é superstição e não tem fundamento.

Na internet podemos encontrar literalmente centenas de listas de perguntas a que a ciência ainda não respondeu – o que é energia escura, porque é que os gatos ronronam, como é que a gravidade funciona, porque é que as bicicletas permanecem em pé, quanto tempo vive um protão, etc. Revi estas questões, e tentei separar estas questões ainda sem resposta sobre a nossa existência física de outras questões ainda maiores – aquelas que a ciência provavelmente nunca conseguirá responder, porque a natureza da própria questão ultrapassa os limites da investigação científica. A minha lista, então, tenta separar o puramente físico daquilo que é metafísico ou espiritual, e foca-se nas grandes questões:

1. Porque estou aqui?
2. Eu tenho alma?
3. Qual é o meu propósito?
4. O universo teve um início?
5. O universo tem limites?
6. Porque é que as coisas existem?
7. Existe Deus?
8. A humanidade precisa de religião?
9. Como devo viver?

Portanto, vamos analisar estas questões profundas, uma por uma, nesta série de artigos, e decidir se podemos encontrar a “concordância completa” entre religião e ciência que os ensinamentos Bahá’ís prometem.

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Texto original: 9 Big Questions Science Alone Can’t Answer (www.bahaiteachings.org)

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David Langness é jornalista e crítico de literatura na revista Paste. É também editor e autor do site BahaiTeachings.org. Vive em Sierra Foothills, California, EUA.



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