Povo de Bahá: Ian Kluge (1948-2023)


Tivemos hoje conhecimento do falecimento
de Ian Kluge, um notável estudioso e investigador Bahá’í.

Ian nasceu na Alemanha em 17 de Maio
de 1948; o seu pai era um prussiano ateu e a mãe alemã judia (e sobrevivente de
um campo de concentração nazi); fugiram de territórios que hoje integram a Polónia
e a Rússia. Em 1954, a família mudou-se para o Canadá, onde Ian cresceu. Concluiu
os estudos superiores na Notre Dame University of Nelson; seguidamente fez uma
pós-graduação na Universidade de Alberta, onde completou os seus estudos de
doutoramento (mas não a dissertação). Ian conheceu a sua esposa finlandesa,
Kirsti, num encontro casual; casaram-se em 1973 e tiveram quatro filhos, dois rapazes
e duas meninas.

Ian afirmou que “o que me atraiu
na Fé Bahá´í foi a sua perspectiva evolutiva e dialética, que, na minha
opinião, Bahá´ís e não-Bahá´ís estão apenas a começar a entender, especialmente
quando se trata de questões práticas como a natureza humana, a política, a economia,
a psicologia e psicopatologia, género e relações de género
”. Mais tarde, o pai de
Ian também se tornou bahá’í.

Ian era um homem de muitos talentos.
Publicou vários livros de poesia, escreveu peças de teatro, publicou estudos
literários e era counista regular em vários jornais locais.

Ian era conhecido entre os Bahá’ís
como um filósofo e escritor de religião comparada, ética, ciência e religião. Na
Baha’i Library encontram-se disponíveis trinta e cindo textos de sua autoria. Ian
foi membro do corpo docente do Wilmette Institute que criou os primeiros cursos
de filosofia e teologia Bahá’í desse Instituto

Um amigo próximo dizia que ele
aumentou sozinho a profundidade, a sofisticação e a amplitude do nosso
discurso na correlação da Fé com a tradição filosófica ocidental
” e que “o seu
trabalho permanecerá fundamental para qualquer um que explore um terreno
semelhante nos tempos mais próximos.
” Ele era descrito como “uma
personalidade poderosa, com uma presença forte e pontos de vista fortes, um
grande coração, uma profunda dedicação à verdade e ao serviço, com uma
sinceridade evidente e franca
”.

Ian afirmou que teve uma
experiência quase-morte como resultado de um afogamento aos 14 anos. “Foi uma
experiência linda, visual, auditiva e espiritual.
” Ele também teve
experiências ‘místicas’ espontâneas de incrível beleza e poder”. Num dos seus
ensaios, afirmou que “na perspectiva Bahá’í sobre a vida e sobre a vida após a morte,
a busca incessante por uma cada vez mais adequada auto-realização é uma visão
positiva que reflecte a glória infinita que Deus concedeu à humanidade. Estamos
todos envolvidos numa viagem sem fim de descoberta em que cada momento é simultaneamente
um porto seguro e um ponto de partida
”.

Ian Kluge partiu para uma nova
viagem de descoberta, pelos mundos infinitos de Deus.

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FONTE: Ian Kluge, 1948-2023 (Wilmette Institute)



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